Quer provenham da natureza quer sejam produzidas pelo homem, deparamo-nos com milhares de substâncias químicas no nosso dia-a-dia; exemplos disto são os detergentes, perfumes, medicamentos, vestuário, tintas e vernizes.
Quer provenham da natureza quer sejam produzidas pelo homem, deparamo-nos com milhares de substâncias químicas no nosso dia-a-dia; exemplos disto são os detergentes, perfumes, medicamentos, vestuário, tintas e vernizes. Nós próprios somos constituídos por elementos / compostos químicos. Mas para podermos usufruir dos seus benefícios, é imperioso que conheçamos os seus efeitos nocivos. Já dizia Paracelso: “Toda a substância é tóxica, não há nenhuma que não seja tóxica; é a dose que faz a diferença entre uma substância tóxica e um medicamento.”
Classificação dos agentes químicos de acordo com a sua perigosidade
Os produtos químicos são considerados perigosos quando apresentam riscos para o homem ou para o ambiente, devido às suas características físico-químicas, toxicológicas e/ou ecotoxicológicas. Nesta perspetiva, podemos classificar os agentes químicos em três grupos, de acordo com o respetivo:
- Perigo físico (explosivos, inflamáveis, comburentes, corrosivos);
- Perigo para a saúde (tóxicos, muito tóxicos, corrosivos, sensibilizantes, irritantes, mutagénicos, cancerígenos, tóxicos para a reprodução);
- Perigo para o ambiente (tóxicos para o meio aquático, perigosos para a camada de ozono).
Rotulagem
Os produtos químicos considerados perigosos devem ser acompanhados de uma ficha de dados de segurança disponibilizada pelo fornecedor, e o respetivo recipiente deve estar adequadamente rotulado. O rótulo é, para o utilizador, a primeira fonte de informação acerca do produto, pelo que deve estar escrito em língua portuguesa. É importante lê-lo e compreendê-lo.
A classificação e rotulagem de produtos químicos têm vindo a ser alvo de alterações, desde janeiro de 2010.
A nova terminologia substitui a antiga, nomeadamente:
- Misturas em vez de Preparações;
- Pictogramas em vez de Símbolos;
- Advertências de Perigo em vez de Frases de Risco;
- Recomendações de Prudência em vez de Frases de Segurança;
- Palavras Sinal em vez de Indicações de Perigo.
Risco químico
Os produtos perigosos são utilizados em toda a parte. É possível que estejam armazenados no nosso local de trabalho ou nas suas imediações. É possível que tenhamos que manipulá-los.
Existe risco químico quando no local de trabalho se verifica a presença de agentes químicos suscetíveis de provocar efeitos adversos nos trabalhadores expostos (acidentes de trabalho e doenças profissionais).
O contacto com agentes químicos perigosos pode produzir lesões de forma imediata ou quase imediata, ou provocar danos que aparecem lentamente.
A penetração dos contaminantes químicos no organismo humano faz-se por:
- Via respiratória;
- Via percutânea;
- Via digestiva.
A absorção é facilitada pelo grau de repartição das partículas.
Gestão do risco no local de trabalho
O empregador deve identificar os agentes químicos perigosos existentes nos locais de trabalho e avaliar os seus riscos.
O primeiro princípio da prevenção é a eliminação do perigo, ou seja, substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso.
As medidas de prevenção e de proteção contra os riscos dos agentes químicos devem assentar no seguinte:
- Prevenção técnica (medidas de proteção coletiva – por exemplo, processos de trabalho adequados, manutenção, ventilação localizada / extração; medidas organizativas do trabalho – por exemplo, redução ao mínimo do número de trabalhadores expostos, e da duração e grau de exposição; medidas de proteção individual – de acordo com a informação constante do rótulo e da ficha de dados de segurança);
- Prevenção médica (vigilância da saúde);
- Formação e informação dos trabalhadores (sobre os riscos dos agentes químicos aos quais se encontram expostos, e as medidas necessárias para eliminar ou reduzir tais riscos, sob a forma de instruções escritas, cartazes, folhetos, sessões em sala).
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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